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Somos do Projeto Social SONTERAPHIAS que tem a música como instrumento de mudança social. Iniciamos nossos trabalhos em julho de 2008 com a formação de instrumentistas de sopro (Flauta Doce) e percussão. Tendo como professor, Ernando Ramos. SIGNIFICADO DE "SONTERAPHIAS": SON = SOM; TERAP = TERAPIA; H = HOSPITAL; I = INFANTIL; A = ALBERT; S = SABIN.

segunda-feira, 18 de março de 2013

Reportagem Música nas Escolas

Ensino de Música nas Escolas

Ensino de música eleva desempenho escolar, diz estudo 
Pesquisa pioneira conduzida pela Unifesp analisa comportamento de estudantes com idades entre 8 e 10 anos

Um estudo recente conduzido pelo departamento de psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) em parceria com o Instituto ABCD, que ajuda na identificação e tratamento de distúrbios de aprendizagem, encontrou evidências de que o ensino de música tem efeito positivo no desempenho acadêmico de crianças e adolescentes, além de melhorar suas habilidades de leitura. A pesquisa é a primeira no mundo a mensurar esse impacto. Os resultados serão publicados neste mês no periódico científico PLoS One.

De acordo com o pesquisador Hugo Cogo Moreira, pós-doutorando da Unifesp e autor da pesquisa, as investigações sobre o tema realizadas até hoje se restringem a teorias que explicam por que a música afeta o desenvolvimento intelectual de crianças em idade escolar. "Nunca, porém, essas teorias foram testadas dentro da sala de aula. Por isso, tudo o que tínhamos até agora era puramente teórico. Essa falta de evidências me levou a encabeçar o primeiro estudo clínico sobre o assunto."

Para a pesquisa, Moreira selecionou dez escolas da rede pública de São Paulo. Em cada uma delas, participaram do experimento 27 estudantes com idades entre 8 e 10 anos que comprovadamente apresentavam dificuldades de leitura. As instituições foram então separadas em dois grupos: o primeiro, chamado intervenção, recebeu aulas de música três vezes por semana durante cinco meses; o segundo, chamado controle, não recebeu nenhum tipo de atenção especial. A função do segundo grupo é servir de base para comparação. 

Nas escolas do primeiro grupo, as aulas foram ministradas por dois professores. A preocupação era garantir que as lições não seriam interrompidas – quando um professor faltava, havia outro profissional de plantão. Os docentes também foram avaliados a cada 15 dias pela equipe da Unifesp para garantir que as aulas seguiam os mesmos padrões em todas as escolas, evitando assim que um determinado grupo de alunos fosse privilegiado ou prejudicado involuntariamente. Em sala, as crianças foram estimuladas a compor, cantar, improvisar e fazer exercícios rítmicos utilizando uma flauta doce barroca, principal instrumento usado na pesquisa.

Ao fim da investigação, foram feitas duas análises dos dados. Na primeira, as crianças que tiveram aulas de música foram comparadas àquelas que estavam nas escolas-intervenção mas que não compareceram a nenhuma aula. Os alunos que assistiram a todas as aulas foram capazes de ler corretamente, em média, 14 palavras a mais por minuto, demostrando maior fluência. Além disso, foi constatado que, a cada bimestre, a nota final na disciplina de português dessas mesmas crianças aumentou em média 0,77 ponto, o que significa mais de 3 pontos ao fim de um ano letivo. Em matemática, o crescimento registrado foi um pouco inferior, mas igualmente significativo: 0,49 ponto a cada bimestre, ou 1,9 ponto ao fim do ano. 

Na segunda análise conduzida por Moreira, o estudo comparou as crianças das escolas-intervenção com as das unidades-controle. Os resultados foram menos expressivos do que os da primeira análise, mas apontaram igualmente para uma melhora no desempenho acadêmico. As notas de matemática e de português subiram, respectivamente, 0,25 e 0,21 ponto por bimestre, ou 1 e 0,8 ponto até o fim do ano letivo. Houve melhora também no tocante à leitura: as crianças do primeiro grupo leram corretamente 2,5 palavras a mais por minuto. "Por se tratar de um estudo pioneiro, ele não é conclusivo em relação ao impacto real das aulas de música, mas certamente oferece indícios fortes o suficiente para que novas pesquisas investiguem a fundo o tema", diz o pesquisador.

De acordo com a lei nº 11.769, todas as escolas públicas e privadas do Brasil devem incluir o ensino de música em sua grade curricular. A lei não precisa, contudo, se as aulas devem ser dadas em todas as séries ou como devem ser incluídas na rotina escolar. Também não há informação sobre a carga horária mínima.

Apesar das evidências de que o conteúdo musical pode ter um impacto positivo no desempenho acadêmico dos alunos, os especialistas alertam: antes de inchar o currículo acadêmico com novas disciplinas, é preciso garantir que o aprendizado das disciplinas essenciais – o que ainda não acontece no Brasil.
Fonte:
http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/estudo-relaciona-ensino-de-musica-a-desempenho-academico-e-habilidades-de-leitura

TIPOS DE FLAUTA DOCE

SOPRANINO        -          SOPRANO                   -                    ALTO           -      TENOR - BAIXO

Aprenda a tocar Flauta Doce - Aula 01

Aprenda a tocar Flauta Doce - Aula 01

domingo, 17 de março de 2013

História da Flauta doce



          A flauta doce ou flauta de bisel é um instrumento musical, mais precisamente um aerofone de aresta.
A origem deste instrumento está nos antigos instrumentos folclóricos que ainda podem ser encontrados em diversas partes da Europa hoje, como o Czakan na Hungria (6 furos) ou a flauta dupla da antiga Iugoslávia. Muitos destes instrumentos eram feitos de tubos de bambu ou cana naturais, enquanto a flauta doce era um instrumento torneado em madeira. Foi o instrumento musical mais popular na Idade Média. Ela produz um som melodioso. Como todo instrumento musical, para ser tocado é necessário estudos das técnicas. É o mais antigo dos instrumentos da família de tubo interno. Consiste em um tubo, com buracos para sete dedos e um buraco para o dedo polegar que serve como abertura de oitava. Talvez a ilustração mais antiga e incomparável seja a de uma flauta doce que está no “The Mocking of Jesus” (posterior a 1315), um afresco da Igreja de Staro Nagoricvino na Iugoslávia. Existem várias ilustrações de tubos parecidos que podem ou não serem flautas que antecedem este exemplar.
História
O instrumento mais antigo e completo sobrevivendo, é a chamada flauta doce de Dordrecht datada de meados do século XIII. Esta "flauta doce medieval" é caracterizada obviamente por seu corpo estreito e cilíndrico (o curso largo do tubo interno no meio do instrumento é responsável pela afinação e resposta sonora) A segunda flauta doce medieval mais ou menos completa e datando do século XIV foi reportado de Göttingen (norte da Alemanha) onde foi achada em uma latrina na Weender Straßer número 26 em 1987. A “flauta doce de Göttingen” faz parte da coleção do Stadtarchäologie Göttingen.
No século XV a flauta doce se desenvolveu e passou a ser chamada como a “flauta da renascença” que alcançou seu apogeu em meados do século XVI.
Durante o século XVII foi mais usada como instrumento solo. Antes era composta de uma ou duas partes, neste século ela já era formada por três partes. Sua feição permitia produzir som com mais intensidade e com mais possibilidade de expressão. Muitas dessas formas ainda existem nos dias de hoje em condições de uso. Assim a flauta foi sendo usada até se tornar um século XVIII profissionalmente, e como instrumento amador no século XIX, até que foi sendo quase que substituída pela flauta transversal.
A flauta doce alcançou seu espaço no Novo Mundo, a partir do momento em que os colonizadores perceberam que os índios utilizavam uma cana como instrumento que era assemelhada à flauta doce. A presença física de flautas doce na América do Norte foi documentada já em 1633 quando um inventário de uma plantação em New Hampshire listou 15 flautas doces, e um inventário semelhante feito em outra propriedade de New Hampshire informou a presença de 26 flautas doce (Música 1983; Pichierri 1960: 14).
Depois do surgimento da orquestra clássica, os compositores procuravam instrumentos com maiores recursos dinâmicos. Assim começa o declínio da flauta doce perante a flauta transversal, que já por volta de 1750 praticamente desaparecia do repertório de qualquer compositor. Assim a flauta doce ficou presente apenas na história dos instrumentos musicais. Somente no final do século XIX que alguns músicos começaram a ter contato com este instrumento novamente, através de pesquisa de músicas antigas e através de literaturas musicais existentes em museus. Entre os envolvidos no ressurgimento da flauta doce estão Cristopher Welch (1832-1915) e Canon Francis Galpin. Galpin, além de estudar este instrumento, ensinou sua família a tocá-lo. Mas foi o inglês Arnold Dolmetsch (1858-1940) que concluiu que a flauta doce só renasceria se sua reconstrução recebesse o mesmo tratamento dos demais instrumentos. O fruto de suas pesquisas lhe permitiu construir um quarteto de flautas e tocá-las com sua família em um concerto histórico no Festival Haslemere em 1926. Seu filho Carl se tornou um virtuoso no instrumento e elevou-o a um nível de alta interpretação. Esse conjunto de flautas feitos por Arnold Dolmetsch, foram copiadas e produzidas em série na Alemanha, onde se tornaram muito populares.
Tubos de bambu foram introduzidos em escolas dos E.U.A. nos anos 1920 e depois nas escolas da Grã-Bretanha, quando Hilda King, diretora de uma escola em Londres, começou a ensinar seus alunos em 1926. O “Grêmio de Flautistas de Bambu”, fundado por Margaret James em 1932, foi patrocinado por Louise Hanson-Dyer na França, onde ela pôde promover compositores como Auric, Ibert, Milhaud, Roussel, Poulenc, Arthur Benjamin da Austrália e Margaret Sutherland, para escrever para este meio.
Em 1935 Edgar Hunt introduzia o ensino de flauta doce nas escolas primárias inglesas, e em 1937 foi fundada a "Society of Recorder Player". Aos poucos a flauta doce ressurgia e os compositores começaram a escrever para o instrumento. Com o aumento do número de grandes intérpretes a flauta doce se tornou um instrumento de pesquisa e técnicas alternativas de execução.
Hoje em dia as flautas doces fabricadas possuem um som mais suave do que as flautas do século XVIII nas quais elas ao baseadas. No entanto, estas flautas doce neobarrocas permanecem como instrumentos para solo.
Temos também hoje, a produção em série de flautas de plástico a partir de cópias de originais como, por exemplo, as japonesas Yamaha, Aulus e Zen-on, além de uma série de edições modernas facsímiles e edições antigas e manunscritos editados na Europa.
fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Flauta_doce